quinta-feira, 9 de junho de 2011

Organização da Sala de Aula

Organização da Sala de Aula

Organização da Sala de Aula
Texto de Ivanise Meyer
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A organização da sala de aula revela nossa maneira de pensar Educação.
Porém, pode acontecer que a organização seja padronizada pela escola, ou simplesmente existir pouca possibilidade de modificar o espaço por vários motivos...
No meu livro Brincar & Viver eu conto a minha história como professora de Educação Infantil e de como modifiquei o espaço da sala de aula para receber as crianças dessa faixa etária.
A arrumação da sala depende da professora, mas a manutenção da mesma deve ser compartilhada com as crianças: arrumar os brinquedos e livros, limpar o que sujar, são atitudes de cuidado com a sala.
A limpeza e higienização do ambiente deverá ser realizada pelo profissional responsável na escola.
Deixarei aqui no Baú de Ideias algumas sugestões para deixar sua sala mais aconchegante, alegre, dinâmica e organizada.
É importante ter um espaço para a "roda de conversas". As crianças devem sentar ao redor da educadora de forma confortável. Se necessário, pode-se forrar o chão com esteiras ou tapetes laváveis.
A "roda de conversas" também pode acontecer em outros espaços da escola como em um pátio, parque ou debaixo de uma árvore (quintal). O importante é garantir que a turma possa estar com a educadora sem "interrupções" externas.

Lemos para as crianças todos os dias!
Cada dia podemos ter um tipo de texto: um poema, uma história, uma parlenda, um trava-língua, um capítulo de uma história, uma informação sobre um animal...
É importante ler para a criança, pois o professor será seu modelo de leitor.
Essa leitura precisa ser planejada (escolha o livro, o tema, verifique se precisará de algum objeto ou música para enriquecer a leitura), o espaço poderá ser o mesmo da "roda de conversas", ou fora da sala (no pátio, debaixo de uma árvore, na sala de leitura ou biblioteca escolar).
Quantas mesas haverá na sala?
As mesas podem ser usadas como "cantinhos" (cantos) para: jogos pedagógicos, modelagem, colagem, desenho e brinquedos que necessitem do apoio da mesa.
As mesas também são usadas para atividades de escrita. Geralmente, o número de mesas equivale ao número de alunos na sala.
No trabalho diversificado, pode-se diminuir o número de mesas, pois nem todos estarão sentados fazendo uma mesma atividade.
O cantinho de leitura é um espaço importantíssimo na sala de aula.
Onde as crianças encontrarão variados materiais de leitura: livros, revistas, gibis, jornais, livros de receitas, atlas, dicionários, etc.
As crianças aprendem a manusear o material (escolher o material, ler e devolver no mesmo lugar), a ter cuidado o material (não amassar, rasgar ou rabiscar) ampliando sua autonomia.
Importante: não deixe lápis (ou material para escrever) neste espaço.
Um cantinho para as artes é fundamental!
Um dos espaços da sala  pode ser reservado para as Artes Plásticas:
desenho, pintura, modelagem e colagem.
Este é um espaço que precisa da organização pela professora (manter os materiais necessários) e das crianças (aprendem a manusear os materiais para suas produções).
A limpeza posterior deve ser compartilhada com as crianças.
Um dos cantinhos preferidos das crianças da Educação Infantil é o da dramatização: a "casinha" ou "casa de bonecas", no qual elas vivem os papéis familiares e constroem relações com os colegas da turma.
Para organizar esse espaço você pode dispor de móveis e utensílios em tamanho reduzido, bonecas diversas (de plástico, de tecido) e outros brinquedos.

O cantinho de Ciências pode ser montado com experimentos de acordo com o projeto desenvolvido.
Livros de assuntos estudados também podem ficar neste canto.
Já montei aquário na sala várias vezes, as crianças adoram observar os peixinhos!
Também podemos montar terrários.

Caso haja espaço na sala, pode existir um espaço para brincadeiras no chão: carrinhos, construção, etc.
Um quadro-de-giz (ou quadro-branco) será um espaço para registros provisórios, pois serão apagados no final da aula. O que necessitar ficar exposto (ou guardado) deverá ser registrado em cartaz ou "blocão".
Eu uso para registrar a data do dia, escrever o planejamento diário, produzir textos com as crianças, escrever seus nomes (listas), ou seja, quando escrever seja uma forma de comunicar algo importante para a turma.
O que encontraremos nas paredes?
O que mereça ser registrado e ser lido pelas crianças.
  • Mural: é um quadro preso à parede. Nele podemos organizar os trabalhos das crianças, ou enfeitar de acordo com o projeto desenvolvido. O mural é um espaço que deve ser modificado periodicamente.
  • Cartaz: ele comunica algo que esteja sendo estudado, deverá ficar na altura dos olhos das crianças. Os cartazes podem compor um "blocão", organizando as folhas de forma que fiquem presas na parte superior.
  • Calendário: pode-se trabalhar com calendário semanal, mensal e anual. Ao utilizar o calendário com a criança, ela percebe a sequência dos dias, semanas, meses e a passagem de tempo ao longo de um ano.
  • Aniversariantes: pode ser um cartaz com todos os aniversariantes, ou mensal. Também pode estar organizado no mural.
  • Combinados: são as regras de convivência da turma. Gosto de imprimir e deixar em local que possa ser consultado pelas crianças e por mim quando há necessidade de "relembrar".
  • Alfabetário: são as letras do alfabeto organizadas, geralmente, na horizontal para facilitar a leitura. É um importante material de apoio.
  • Faixa numérica: são os numerais de 0 a 9; o número está associado à quantidade (elementos). Também é um material para consulta.
  • Dependendo do projeto, pode-se pendurar pela parede: mapas, cartazes do corpo humano, ou sobre temas específicos (animais, plantas, etc).
  • O espelho serve para atividades especifícas ou mesmo para que se vejam. As crianças adoram um espelho!
  • O cartaz de boas vindas do início do ano pode ser renovado a cada período, como novos temas.
Muitas escolas contam com a televisão nas sala de aula.
O programa escolhido deverá fazer parte do planejamento.
Há boas propostas que podem ser aproveitadas pela Educação Infantil:
Cocoricó, Sítio do Pica-pau Amarelo, Turma da Mônica, Vila Sésamo, Barney, Baby Einstein, entre outras. Além de filmes e desenhos de animação que divertem as crianças.
Lembre-se: assistir um programa pela televisão não é apenas um "preenchimento de tempo", mas deverá ter um objetivo dentro de planejamento da professora.

Muitas escolas já contam com a informática na Educação Infantil.
Em geral, são utilizados softwares com jogos educativos ou navegação na internet com o mesmo fim.
As atividades desenvolvidas também devem ser planejadas pela professora.

Saindo da sala, as crianças deverão contar com espaço para brincadeiras ao ar livre.
Se chover, mude a organização das mesas,
crie mais espaço em sua sala e faça brincadeiras bem divertidas!

O professor pode tornar sua
"sala do tamanho do mundo"!

Desejo um bom ano de trabalho para você!
Um beijinho,
Ivanise

Cantinho de Leitura (Sugestão)

Uso da tesoura na Educação Infantil

Uso da tesoura
na Educação Infantil
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Artigo de Ivanise Meyer

As tesouras utilizadas pelas crianças devem ter as pontas arredondadas, pois evitam que a criança  produza um furo na pele durante o corte. Porém, não devemos esquecer que a lâmina da tesoura é capaz de machucar uma criança que esteja utilizando inadequadamente este instrumento de corte.

Antes dos 4 anos, é desaconselhável o uso da tesoura para atividades de recorte. É necessário planejar atividades para desenvolver a coordenação motora fina que antecedem o uso da tesoura. Algumas sugestões:
Coordenação das Mãos (estimulação da movimentação das mãos, sem que o braço faça o mesmo, ficando apenas como em uma postura de "suporte"):
- Apertar e soltar (livremente e usando materiais);
- Bater palmas em diferentes ritmos e intensidades;
- Pintar com as mãos;
 - Rasgar e amassar papéis;
- Brincar com bolas de diferentes tamanhos;
- Modelagem: massa de modelar (plastilina), areia molhada, argila, massa de farinha.
- Tocar instrumentos da bandinha rítmica.

Conquistada a coordenação das mãos, a criança passa ter um melhor desempenho nas atividades que exigem movimentos diferenciados dos dedos:
- Brincar com os dedos: estalar, entrelaçar, brincar de "tocar piano";
- Músicas que usem os dedos (nomeando ou movimentando os dedos);
- Rasgar papéis com as pontas dos dedos;
- Enfiar em barbante: macarrão (cru), canudinho (pedaços), rolinhos de papel, contas;
- Dobraduras (origami);
- Alinhavos;
- Recorte usando os dedos.

Fases do Recorte e Colagem

- Antes dos 4 anos a criança deve recortar os papéis com as mãos e colar à vontade. Conversar com a criança sobre o uso da cola (exemplos: não exagerar na quantidade de cola).

Nas produções de recorte e colagem podemos observar as seguintes fases:

- Fase celular: recorta e cola de qualquer maneira, sem intenção de formar cenas. Gosta de ter material variado. Nesta fase, a professora deverá intervir quanto ao uso correto da tesoura (cuidado para não cortar os dedos) e o uso da cola (controlar a quantidade utilizada). Ainda não nomeia suas produções.

- Fase das formas isoladas: não dá forma definida ao recorte, mistura muito o que recorta, mas já está enriquecendo sua experiência. Oferecer materiais variados para enriquecer a colagem: barbante, lã, canudinho, algodão, paetês, tecido, etc. Às vezes, consegue nomear suas produções.

- Fase da cena simples: a criança recorta tirinhas e cola para armar um esboço simples. Deixa quase sempre uma área vazia. É uma fase sem proporção. Já consegue nomear sua produção (exemplo: um barco).

- Fase da cena completa: a criança usa as tirinhas, geralmente faz a "linha de base" (o "chão" que aparece também em seu desenho), usa formas variadas para compor sua produção (recorta intencionalmente). Percebe-se uma cena. Nomeia e explica sua produção (exemplo: É um barco navegando no rio.).

Essas "fases" também podem ser observadas no desenho. Cabe ao professor, além do incentivo e de escolher os materiais necessários para cada fase, planejar atividades para que as crianças avancem. A criança não aprende sozinha, não cria no "vazio"... Ela precisa da intervenção do adulto, ou de outra criança mais experiente, para avançar em suas hipóteses e experiências. Leia mais em Produção Artística das Crianças.

O professor deve observar: como a criança segura a tesoura (o canhoto necessita de tesoura adaptada as suas necessidades), como manuseia o papel (ou outro material para corte) e como utiliza a cola, para fazer as intervenções necessárias, pois há técnicas que facilitam o uso dos materiais.

Nunca se ausentar do local onde as crianças estejam utilizando tesoura e cola. Ter atenção aos materiais que serão manuseados, exemplo: não oferecer botões e objetos que possam ser engolidos à criança que coloca qualquer coisa na boca. Se necessário, redigir um combinado do que "pode e não pode" fazer no recorte e colagem. Cuidado para que eles não cortem cabelos e roupas deles ou dos colegas.

Ao utilizar a tesoura, a criança desenvolve o uso bilateral das mãos: mão dominante corta e a outra dá suporte ao papel.

Para auxiliar o uso da tesoura, o professor deverá planejar atividades de recorte na qual a criança use a tesoura em movimento para frente (linhas retas), direção lateral da tesoura (esquerda / direita), corta figuras geométricas simples (quadrado, triângulo e círculo), corta figuras complexas e corta material que não seja papel (tecidos como o TNT são fáceis de cortar).

É difícil para uma criança visualizar o "contorno" de uma imagem colorida impressa (como nas revistas), ela acaba cortando algum pedaço... Para começar, eu contorno com caneta hidrocor (linha grossa) a figura desejada e explico à criança que ela cortará o contorno. Veja no exemplo:

Ao cortar seguindo o contorno, a criança perceberá os detalhes sem se preocupar em cortar o rabo ou as orelhas do cachorro. Aos poucos, a criança não necessitará deste contorno.

Outro modelo que gosto de usar é o do "boneco" (a linha grossa facilita o corte para a criança):
Clique para ampliar.

Falando em tesoura... Sugiro a história "Clact... Clact... Clact..." de Liliana Iacocca e Michele Iacocca, editora Ática. Será que essa tesoura tem um parafuso a menos na cabeça? Doidinha da silva, ela fica picotando os papéis, sem nunca se dar por satisfeita!
Outra sugestão: recortar figuras em revistas (não mais utilizadas), colar em papel branco e compor cena usando lápis cera, lápis de cor ou caneta hidrocor. Em rostos grandes, separe olhos, boca, nariz, orelhas e componha novos rostos em um papel.
Há "papéis de presente" que trazem figuras boas para utilizar no recorte e colagem.

Tipos de tesoura:


Tesoura sem ponta



Tesoura para canhoto
Tesoura adaptada

TIPOLOGIA TEXTUAL "

" TIPOLOGIA TEXTUAL "Fonte: CURTO, Lluís, Maruny et al. Escrever e ler. Ed. Artmed. V. 1. (p. 188 a 192)
Existem outras classificações formuladas por outros autores, porém considero esta mais objetiva e abrangente.



TEXTOS ENUMERATIVOS

Escrevemos e lemos para recordar, registrar, localizar, manipular, ordenar, classificar, etc. dados concretos e/ou informações específicas. Exemplos:
  • Nomes, títulos
  • Listas
  • Agendas e guias (telefônicos, endereços, etc)]
  • Índices (livros, revistas, etc)
  • Horários e datas
  • Cartazes (cardápio, aniversariantes, ajudantes)
  • Catálogos (comerciais, exposição, etc)
  • Dicionários, enciclopédias, atlas, etc.
TEXTOS INFORMATIVOS

Escrevemos e lemos para informar e nos informar sobre temas gerais, acontecimentos, fatos, etc. Exemplos:
  • Convites
  • Rótulos
  • Cartazes (murais)
  • Folhetos (divulgação)
  • Notícias, artigos e reportagens
  • Anúncios e propaganda
  • Correspondência (bilhete, carta, cartão, etc)
  • Diários (da criança, da turma)
  • Entrevistas
TEXTOS LITERÁRIOS

Escrevemos e lemos para desenvolver a sensibilidade artística; partilhar emoções, transmitir valores culturais, sociais e morais; entretenimento e diversão. Exemplos:
  • Narrativas: fábulas, lendas e mitos
  • Narrativas: contos
  • Outras narrativas curtas
  • Narrativas: novela e romance
  • Parlenda, trava-língua, quadra, provérbio, adivinha
  • Poético (poesia, prosa rimada, poema narrativo)
  • Livro de imagem
  • Teatro
  • Histórias em quadrinhos
TEXTOS EXPOSITIVOS

  • Livro-texto (escolar)
  • Livros de consulta: enciclopédias, etc.
  • Biografias
  • Artigos temáticos e relatórios
  • Variados: resumo, roteiro, seminário, etc.

TEXTOS PRESCRITIVOS

Escrevemos e lemos para ensinar e aprender a fazer coisas; comunicar instruções; regular o comportamento, etc. Exemplos:
  • Receitas
  • Regras: combinados, códigos, etc.
  • Instruções (jogo, trabalhos manuais, utilização, etc)

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É importante planejar atividades de leitura e escrita que permitam à criança conhecer, experimentar, vivenciar e produzir os textos presentes no seu dia-a-dia, em casa e na escola. Só poderemos aproveitar esses momentos, se tivermos conhecimento dos conteúdos. Considero que conhecer a tipologia textual deva fazer parte do acervo pedagógico do professor(a) desde a Educação Infantil.
Escrevemos e lemos para estudar, aprender, ensinar, demonstrar; comunicar conhecimentos; discutir idéias, etc. Exemplos:

O caderno de leitura

O caderno de leitura surgiu da observação de que muitas crianças aprendiam a ler a partir da “leitura” de textos que já sabiam de cor (músicas, poemas, listas de nomes de familiares e amigos e outros textos de conteúdo conhecido). A observação dessa prática motivou a proposta de organizar um caderno de leitura contendo diferentes tipos de textos conhecidos das crianças, como apoio à alfabetização.


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O caderno de leitura possibilita:
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· Trabalhar com textos reais, de diferentes gêneros;

· Apresentar um repertório de textos conhecidos das crianças;
· Organizar os textos trabalhados em classe;
· Desenvolver atividades de leitura compartilhada;

· Incentivar as crianças a lerem antes de saber fazê-lo de forma convencional;

· Socializar com os familiares alguns dos textos que circulam na sala de aula;

· Promover a leitura e consulta dos textos sempre que as crianças desejarem e/ou necessitarem;

· Criar um referencial estável de textos/palavras que podem ser usados no momento de produzir outros textos.


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Que textos selecionar?
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O caderno de leitura pode ter duas partes. Uma delas com textos como parlendas, poemas, quadrinhas, músicas, listas e outros textos que as crianças sabem de cor. E outra com textos que as crianças demonstrarem interesse em ter disponíveis para compartilhar com familiares e amigos: fábulas, piadas, receitas e outros.

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Quais os objetivos?
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O caderno de leitura tem como objetivos principais:
· Incentivar a prática da leitura e o desejo de ler;

· Possibilitar o contato direto das crianças com textos reais;

· Ampliar a diversidade de gêneros textuais conhecidos pelas crianças;
· Garantir um repertório de textos de boa qualidade que se constitua num material de consulta para a escrita de outros textos;
· Incentivar as crianças a lerem mesmo quando ainda não sabem ler convencionalmente;

· Apresentar situações reais em que as crianças tenham que utilizar estratégias de leitura e ajustar o que sabem de cor ao que está escrito;

· Desencadear atividades de leitura que exigem reflexão sobre a escrita convencional;

· Favorecer algumas aprendizagens importantes: sobre o fato de todo escrito poder ser lido, sobre a linguagem que se usa para escrever, sobre a disposição gráfica dos diferentes gêneros textuais, sobre o valor sonoro convencional das letras;

· Ajudar as crianças a avançarem nos seus conhecimentos sobre a escrita.

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Desde quando?
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O caderno de leitura pode ser organizado com as turmas de três anos em diante:
· Com as crianças de 3 a 5 anos, o caderno será uma oportunidade para que elas se reconheçam capazes de ler. A seleção dos textos deve sempre ter como critérios principais: as características, conhecimentos e preferências da turma e a qualidade do material (tanto do ponto de vista do conteúdo como da apresentação gráfica). Nessa faixa etária o caderno possibilita (principalmente) resgatar textos significativos da cultura popular, ampliar o repertório de textos conhecidos, aprender que tudo o que dizemos, cantamos, recitamos pode ser escrito, que os textos são diferentes e se organizam graficamente de modo diferente, que escrevemos com letras...
· A partir dos 6 anos, além dessas vantagens, o caderno serve também como fonte de consulta para a escrita das crianças, em situações espontâneas ou orientadas pelo professor.


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É importante:
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· Garantir, na página inicial, uma breve apresentação do caderno com os seus objetivos, para que os familiares saibam para que serve e como será utilizado em casa e na escola;
· Deixar, em seguida, um espaço para elaboração progressiva de um índice dos textos;
· Garantir uma boa apresentação do material (textos bem impressos, com letra legível e de tamanho adequado, recortados e colados com capricho pelo professor etc);

· Incentivar as crianças a terem uma atitude de cuidado com o caderno;

· Apresentar às crianças os portadores de onde são transcritos os textos;

· Manter a diagramação dos textos tal como é feita nos portadores de origem;

· Não permitir a ilustração do caderno, pois não se pretende que as crianças reconheçam os textos a partir de imagens, mas sim de outras estratégias;

· Deixar claro que o caderno deve ser mantido sempre na mochila das crianças, para que circule além da escola.

Referência Bibliográfica:
Texto organizado por Debora Vaz, Rosa M. Antunes de Barros e Rosângela Veliago, com a colaboração de Rosaura Soligo

Planilha de Tipologias Textuais

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